Na próxima semana realizaremos o 5º Fórum do Corredor Sudoeste Ibérico em Badajoz com o slogan ‘Rigor, Expectativas e Compromissos’. Queremos reafirmar a nossa vontade de agir, numa época de grandes transformações, na qual devemos também fazer as coisas acontecerem no nosso ambiente imediato.

Vamos experimentar alguns anos de grandes oportunidades, e aqueles que não as aproveitarem aumentarão o fosso com aqueles que conseguirem aproveitar a onda destes tempos. Com estes fóruns, nós na sociedade civil pretendemos mobilizar vontades e criar as condições para que as coisas aconteçam. É essencial saber e analisar de onde estamos a partir e quais poderão ser os cenários futuros. Devemos tentar evitar ser enganados ou enganar-nos a nós próprios. No que respeita às nossas infra-estruturas necessárias, precisamos de saber o que temos e poderíamos ter, o progresso das obras, o que falta fazer, os problemas e riscos existentes, a rivalidade com outros projectos e as pressões com que outros reclamam os seus interesses. Temos de ser rigorosos na análise da situação e na avaliação da nossa necessidade e capacidade de agir.

As infra-estruturas não podem ser alcançadas a curto prazo, nem de uma só vez ou na sua maior escala. Requerem perseverança e a capacidade de esperar, sem renunciar ao progresso permanente. Em qualquer momento, é necessário saber quais são os próximos passos possíveis e necessários. Só se vai muito longe se não se deixar de avançar. As conquistas dão-nos força e permitem-nos recuperar a confiança que tantos fracassos e frustrações nos fizeram perder. No próximo ano vamos começar a visualizar o progresso, que devemos apreciar e apreciar, mas que também nos deve encorajar a ter novas expectativas e a gerar novos objectivos mais ambiciosos. Só podemos fazer as coisas acontecer com trabalho e compromissos colectivos.

Compromissos por e da sociedade civil, compromissos políticos partilhados, compromisso de profissionais e empresas que devem implementá-los e conseguir unir vontades e compromissos em amplas redes de interesse. Compromissos que devem perseverar ao longo do tempo e não se limitar a um acto pontual de protesto. Vivemos em tempos voláteis e turbulentos de sobrevivência, de voluntariado efémero e de readaptação permanente, mas para construir um futuro sólido precisamos de recuperar a confiança e isto só pode ser conseguido com compromissos firmes e duradouros. Creio que não há outro caminho: rigor, expectativas realistas e ambiciosas e um compromisso de construir juntos um futuro robusto, e nesse caminho todos nós temos o nosso papel e responsabilidade que não devemos abdicar.

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